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Review (sem spoilers): Inventando Anna (2022)


Anna Delvey. Anna Sorokin. Anna Soro... Chega! São muitos nomes para a mesma pessoa. Quem assistiu ao documentário "O Golpista do Tinder", da Netflix, deve ter um ou outro flashback enquanto vê "Inventando Anna", minissérie recém-lançada na mesma plataforma de streaming. Por quê? Bem, ela também gira em torno da história de um golpista.


A grande diferença é que embora ambos os títulos sejam baseados em fatos reais (e sobre #truecrime), "Inventando Anna" foi criada e produzida pela famosíssima Shonda Rhimes, de Grey's Anatomy e Scandal, e toma certas liberdades artísticas que não são viáveis em um documentário. Nada disso, é claro, distrai da verdadeira estrela do show: Anna.


Anna convenceu a elite de Nova Iorque, EUA, que ela era uma herdeira alemã e uma grande empreendedora. Viagens à Marrocos, à Ibiza, dentre outros locais, foram custeadas por outros, assim como o estilo de vida luxuoso que Anna levava. Eventualmente, porém, ela foi pega.


E ninguém teria prestado atenção em sua história se não fosse pela jornalista Vivian Kent. Kent soube da prisão de Anna e se perguntou como era possível que uma jovem na faixa dos vinte (anos) conseguisse passar a perna (ainda que temporariamente) em bancos, hotéis e lojas de luxo, e inúmeras pessoas acostumadas a lidar com vigaristas. Inacreditável, certo?


Pode ser que a minissérie da Netflix extrapola a relação de certos personagens com Anna, beirando, por vezes, o surreal. Ainda assim, é curioso ver como nossa vigarista favorita - pelo menos, por enquanto- enganou a high society nova-iorquina.


Aos poucos, os episódios revelam mais sobre Anna - seus esquemas, seu passado, seus sentimentos - e somos levados para uma zona cinzenta. Ou essa, imaginamos, era a intenção dos roteiristas. Talvez tenham até consigo, uma busca rápida na internet vai revelar que existem pessoas que apoiam Anna como uma guerreira contra o establishment da mesma forma que outros a acusam de não passar de uma ladra comum.


Como costuma ser o caso, a verdade provavelmente cai em algum lugar entre essas duas visões de Anna. E fica nas mãos do espectador - nas nossas mãos - decidir que lugar é esse.

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